[Taça de Portugal] Braga eliminado nos penalties contra Rio Ave

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Líder cai na Taça
Sp. Braga-Rio Ave, 0-0, 5-6 após g.p.

18 castigos máximos, apenas onze golos (5-6), tremenda penitência para o Sp. Braga mais cinzento da época. Após 120 minutos sem golos, longa deMora, surgiu o prémio para o Rio Ave, mais fresco e adaptável às circunstâncias do jogo. O guardião vila-condense defendeu duas penalidades, Eduardo parou três, mas Viana e Rodriguez nem acertaram na baliza. Desfecho justo.

A equipa de Domingos, figura reconhecida nas campanhas de bom futebol em Portugal, acordou do lado errado da cama, nesta quarta-feira pachorrenta. Jogou pouco, pouquinho, quando o clássico do Dragão ainda aquecia os corações das gentes desportivas. Depois de sete golos, nenhum. Nem um Rio Ave atrevido quebrou o gelo no Estádio AXA.

O Sp. Braga sofreu dois rudes golpes após o fecho do mercado de transferências. Percebe-se a tese, compreende-se que os tenha interpretado como golpes premeditados, pelo timing e pelos alvos cirúrgicos. Mas resta pensar no que fizeram Vandinho e Mossoró para merecer os castigos e provar em campo que nem assim se tomba um candidato.

Domingos Paciência encarou o Rio Ave como o primeiro teste de fogo a um novo Sp. Braga, sem os dois importantíssimos brasileiros. Três, se pensarmos no lesionado Paulo César, decisivo na vitória frente ao Sporting. Luís Aguiar, Rafael Bastos e Matheus foram chamados para a arena.

Aguiar a caminho de Viana

Os Guerreiros surgiram com traje renovado e demoraram mais de meia-hora a denotar conforto na nova roupagem. Hugo Viana recuou para uma linha defensiva onde também circulava Luís Aguiar, deixando Rafael Bastos no apoio ao tridente ofensivo.

Enquanto o Sp. Braga passava do papel para a realidade, um processo necessariamente lento, o Rio Ave aproveitava a indefinição para criar as únicas oportunidades de golo. Já sem o transferido João Tomás, sem Carlos, Fábio Faria, Zé Gomes e Bruno Gama. Também é gente a mais, saliente-se.

Eduardo fez três defesas fáceis na primeira meia-hora, enquanto Mora descansava a ver um jogo com pouca fluidez. Os arsenalistas só conseguiram responder ao minuto 37, despertaram finalmente para atingir os índices de outrora e animaram os poucos milhares de adeptos que rumaram ao Estádio AXA, logo após o horário de trabalho.

Intervalo a mais

O intervalo acabou por surgir em péssima altura para os homens da Pedreira de Braga. Estavam a crescer e voltaram com nova perda de identidade, para gáudio dos jogadores do Rio Ave. Logo a abrir, Chidi comete uma irregularidade e balança as redes, sem efeito, seguindo-se defesa atenta de Eduardo, negando o golo a Sidnei.

Domingos procurava mexer no seu jogo e recuperar o Super Braga, mas Carlos Brito via a sua equipa defender bem e voltar a ter as melhores oportunidades. Ainda assim, contabilizavam-se mas passes errados que certos, mais faltas de inspiração que alegria, o frio sobrepunha-se ao habitual calor.

No último quarto-de-hora, com consentimento, a equipa da casa chegou a apertar o pescoço ao adversário. Ninguém queria o prolongamento, em fase de sobrecarga competitiva. Mas faltava algo que justificasse o golo, de parte a parte. Tempo extra, claro está.

Mais 30 minutos de nada

Sobre o prolongamento, sobra apenas um elogio para Chidi, moralizado por dois golos frente ao V. Setúbal e o único a representar uma real ameaça para o nulo. Castigos máximos pelo absentismo generalizado, com culpas arsenalistas no cartório. Nas grandes penalidades, vem nos livros, tudo pode acontecer. E assim foi.