[Benfica] A história não pode esperar

Por João Esteves, enviado-especial

Máxima força, em Berlim, para garantir, desde já, vantagem na eliminatória e procurar a primeira e há muito ambicionada vitória na Alemanha, num acerto de contas com a história que não pode esperar.

Técnica e tacticamente, o Benfica é claramente favorito e assume essa condição, neste reencontro com o Hertha de Berlim - igualdade a um golo, a 23 de Outubro de 2007, neste mesmo palco, então com o espanhol Quique Sanchez Flores no comando dos encarnados.

«Pela minha cabeça e pela cabeça dos jogadores é claro que passa a ideia de que este jogo é para ganhar», assume, sem rodeios, Jorge Jesus, mesmo que reconheça que, globalmente, estes alemães valem mais que o actual último lugar na Bundesliga pode fazer crer.

É, assim, um Benfica ambicioso o que se apresenta, esta noite, na gelada capital germânica, com Jorge Jesus a assegurar, no lançamento do jogo - com o presidente Luís Filipe Vieira e o director desportivo Rui Costa a assistirem -, que os seus jogadores, cumprido, com sucesso (quatro triunfos e uma igualdade), um ciclo de cinco jogos no espaço de apenas duas semanas, apresentam-se, agora, em condições de oferecer «um excelente jogo» a todos os adeptos.

SEGUNDO OBJECTIVO
E mesmo que o técnico, em termos públicos, insista que a prioridade dos encarnados é a «conquista do campeonato nacional» e que a Liga Europa não passa, para já, de «um segundo objectivo» a perseguir, o certo é que Jorge Jesus projecta já o resto da temporada com a calendarização dos oitavos-de-final da prova da UEFA bem presente, num olhar para o futuro que interioriza mais um sucesso encarnado na jornada europeia.

Para fazer história na Alemanha, o técnico deixou perceber que vai continuar a confiar a baliza do Benfica a Júlio César - «tem sido titular absoluta nesta prova», recordou - e que não haverá lugar a poupanças ou gestão de esforço. «Jogam os que nesta altura estão melhores condições», assegurou.

O Benfica deverá então apresentar: Júlio César; Ruben Amorim, Luisão, David Luiz e César Peixoto; Javi Garcia; Ramires, Aimar e Di Maria; Cardozo e Saviola.